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ECONOMIA - Fundos de investimento: quais são e como escolher

Publicada em 20 de agosto de 2020

O que são fundos de Investimento?

Os fundos são como a carteira de investimentos de um investidor que aplica em diferentes tipos de ativos. Todavia, acumulam o dinheiro de uma série de pessoas e são geridos por um especialista no meio.

Assim sendo, essa carteira de ativos é dividida em cotas e os investidores recebem os rendimentos proporcionais ao valor inicial depositado. Numa espécie de condomínio, que podem ser abertos, com livre resgate, ou fechados, com resgate no vencimento.

Por que aplicar em fundos de investimento?

Um dos principais motivos para optar por fundos de investimento é pela diversificação que eles oferecem. Caso uma pessoa tenha R$ 1000 disponíveis para investir, pode não conseguir colocar o dinheiro em vários tipos de aplicações, haja vista os valores mínimos de cada uma delas. Mas, pode decidir colocar parte do valor em um fundo de investimento, que pela sua definição já é diverso.

Outro ponto a se considerar é a presença de um gestor. Como é ele especialista no mercado de investimentos, pode traçar estratégias mais benéficas aos envolvidos.

Profissionais e empresas que fazem o fundo funcionar

Decerto, para que um fundo de investimentos funcione é necessária a presença de diferentes profissionais e instituições.

A empresa responsável pela criação e organização do fundo é a administradora. Tem como atribuições elaborar relatórios dos resultados, atender os clientes e definir especificidades dos fundos e regras de investimento. Além disso, presta esclarecimentos à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), instituição que regula o mercado de valores mobiliários.

Esse profissional formula as estratégias de investimento. Seguindo o modelo de fundo, decide quais serão os ativos e valores destinados para cada um deles, bem como momento de compra e venda. O gestor, ou grupo de gestores, acompanha o mercado financeiro e tem o objetivo de gerar um boa rentabilidade.

Bancos ou corretoras de valores podem ser os distribuidores dos fundos. Seu papel é ser uma ponte entre a carteira de ativos e os investidores. Então, são eles que vendem as cotas e tem um atendimento mais direto com os clientes.

Essa instituição é responsável por “guardar” os ativos, mantendo um registro deles. Ademais, os custodiantes também são responsáveis por enviar informações relativas à efetivação de negociações aos gestores e administradores.

O auditor é uma figura independente que tem como objetivo verificar se o fundo está funcionando da forma correta. A saber, esse profissional deve ser contratado pelo administrador e estar registrado na CVM.

Quem compra uma ou mais cotas do fundo de investimento é chamado de cotista. Ao passo que, esse cliente pode acompanhar os resultados dos aplicações e entrar em contato com as instituições em caso de dúvidas ou reclamações.

Quais são as taxas?

Para aplicar em um fundo de investimento é necessário pagar uma taxa de administração. Esse valor é para cobrir os custos envolvidos, como por exemplo, pagar salário dos profissionais de administração e gestão. É cobrada anualmente.

Alguns fundos de investimento cobram taxa de performance. Castellani explica que é um incentivo ao gestor. Se trata de uma remuneração extra dada ao profissional caso atinja resultados acima do esperado. Assim sendo, equivale à um percentual sobre o rendimento excedente.

Já a taxa de saída precisa ser paga quando o investidor solicita o resgate do dinheiro antes do prazo previsto no regulamento.

Qual é a tributação?

São três as categorias previstas para o Imposto de Renda em fundos de investimento. No caso de fundo de ações, é cobrado 15% do lucro, independente do tempo em que o dinheiro ficou investido.

A saber, nos fundos de curto prazo, com menos de um ano de aplicação, a alíquota do IR é de 22,5% para investimentos de até 180 dias, e de 20% para aqueles acima desse tempo. Já os fundos de longo prazo, superiores à um ano, utilizam a tabela regressiva do IR, variando de 22,5% à 15%.

Come-cotas

O sistema come-cotas se trata de um recolhimento antecipado do IR em fundos de curto e longo prazo. A dedução é semestral, feita no último dia útil de maio e novembro, em alíquotas de 20% ou 15% a depender do tipo de fundo. Ademais, a cobrança é feita em quantidade de cotas, as quais são subtraídas do total no valor equivalente ao do IR.

IOF

Em caso de investimentos menores que um mês é preciso pagar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O valor pode incidir de 96% à 3% sobre o rendimento, a depender o dia do resgate. Assim sendo, se o investidor manter o dinheiro na aplicação por 30 dias ou mais, o IOF não é cobrado.

Quais são os fundos de investimento?

Então, conheça alguns tipos de fundos de investimento.

São carteiras que tem ao menos 80% dos recursos em papéis de renda fixa. Os riscos são em relação à juros e índice de preços. Dessa forma, pode-se distinguir três tipos de fundo de renda fixa.

Um deles diz respeito aos fundos DI, considerados de baixo risco. Eles acompanham a taxa CDI (Certificados de Depósito Interbancário) e para isso destinam parte das aplicações em títulos públicos.

Já a categoria de crédito privado, destina a maior parte do patrimônio para papéis emitidos por empresas privadas. Enquanto os fundos de debêntures incentivadas, fazem compra de papéis utilizados para financiar projetos estruturais; acompanham o índice de inflação.

Esse fundo tem a liberdade de investir tanto em ativos de renda fixa, quanto de renda variável. Já que, não há porcentagem mínima definida para nenhuma das categorias, sendo possível mudar de estratégia ao longo do tempo.

Nesse caso, ao menos 67% do patrimônio deve estar aplicado em ações. Por isso, os riscos envolvidos são referentes às oscilações desses papéis. É recomendado para investimentos de longo prazo.

No mínimo 80% do dinheiro deve estar aplicado em ativos relacionados à moedas estrangeiras. Portanto, o risco é referente a variação de preços dessas moedas.

São negociados na bolsa de valores e isentos do IR, além de serem fundos fechados. Ademais, essa modalidade permite investir no mercado imobiliário, sem comprar de fato um imóvel.

Então, como escolher?

Por fim, para escolher o melhor fundo de investimento, o investidor deve primeiro definir seu perfil: conservador, moderado ou arrojado. Segundo Castellani, é necessário também ter clareza sobre o tempo que manterá o dinheiro investido, isso pode ser pensado de acordo com o objetivo que se deseja alcançar. Com essas informações é possível ter um melhor direcionamento acerca de qual carteira de ativos optar. Além disso, as taxas também devem ser levadas em conta.

Fonte: DCI

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